quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

ANO NOVO

“Foste chamado, sendo escravo? Não te preocupes com isso; mas, se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade”. (1 Co 7:21)

Mas um ano que se vai! É hora de avaliarmos os resultados, ou como se diz nas empresas: “fazer o balanço anual”. Alguns celebrarão, outros lamentarão; ganhos e perdas, seja qual for o resultado é hora de recomeçar, fazer planos, estipular metas, é hora também de aliviar a bagagem, deixar para poder prosseguir, como disse Paulo: ...esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão (Fl 3:13). Deus nos dá a oportunidade de mudança, há coisas que estão fora de nosso alcance, coisas que não podemos mudar, “não te preocupes com isso” é o que diz a Bíblia, entrega ao Senhor (Sl 37:5), fazer milagres é especialidade de Deus. Porém, existem coisas que estão ao nosso alcance, coisas que muitas vezes são simples, mas as deixamos de lado, vamos adiando, passando de ano em ano. Muitos dos nossos sonhos são simples de realizar, basta um pouco de empenho, basta deixar de adiá-los. Tire um momento para pensar em algo que gostaria de fazer e que tem adiado por falta de tempo, como visitar um amigo, por exemplo. Que tal fazer isso agora? Reserve um tempo para você, dê um passeio, fale palavras boas, diga “eu te amo” a alguém, quem sabe esta pessoa está esperando ouvir isso há bastante tempo. Provérbios 3:27 diz: “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo”, em outra palavras, “se não te custa, por que não fazer?”, algumas pedidos são muito simples de atender e muitas vezes dificultamos, será que precisamos mesmo dizer “não”? Quero desafiá-lo a refletir mais antes de dizer “não”, pense se é mesmo difícil, se disponha a ajudar. Vai descobrir que muitos de seus “nãos” poderiam ter sido “sim”, ou quem sabe um “sim, com prazer!”. Sei que ouvirá muito mais a palavra “obrigado”, e que tal dizer: “disponha”, “não há de que”, “não foi nada”... Liberte-se do “não”, diga “sim” a si mesmo, permita-se desfrutar melhor a vida, compre algo que você goste, presentei-se, viaje, abrace, sorria... “se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade”.

Não deixe passar as oportunidades, Deus tem prazer em te abençoar, mude para melhor. Muitas coisas estão ao seu alcance só esperando que você decida vivê-las, e, se não pode alcançá-las, confie que no tempo certo Ele te ajudará, é tempo de recomeçar, Deus quer refazer sua vida. “Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos; a tua destra me salva” (Sl 138:7).

Um ano próspero e ricamente abençoado são os meus votos para você e os seus...

Ev. Elias G. Codinhoto.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

NATAL

“Porque um menino nos nasceu, um Filho se nos deu, e o principado está sobre seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, príncipe da paz”. Isaias 9:6

O Natal está chegando! E aí? O que muda? Por que aguardamos essa data?
Quando se aproxima o Natal, é praticamente impossível não falarmos de paz, as mensagens em quase todas as mídias dizem: “paz aos homens”, como os anjos anunciaram aos pastores em Belém: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2:14). Alguns distorcem este versículo dizendo: “paz na terra aos homens de boa vontade”, como se fosse algo condicional, como se a paz fosse dada aos homens por merecerem, mas o versículo diz: “... boa vontade para com os homens!”, é algo que parte inteiramente de Deus, uma paz incondicional, é a boa vontade de Deus para os homens, é o que chamamos de “graça”, favor imerecido, foi isso que Deus nos ofereceu no Natal, esse é seu verdadeiro sentido, é a boa vontade de Deus para com os homens, é a graça revelada aos pecadores, nós que não a merecíamos fomos agraciados por ela. Para mim, o Natal tem esse sentido, gratidão a Deus por seu amor revelado aos pecadores e, usando as palavras do apóstolo Paulo: “dos quais eu sou o principal” (1Tm 1:15)
Nós vivemos num mundo onde todos pedem paz, até mesmo guerras são travadas em nome da paz, mas quem a encontra? Onde está a paz que tantos procuram? – Somente aqueles que descobriram o verdadeiro sentido do Natal a encontram, “Porque um menino nos nasceu, um Filho se nos deu, e o principado está sobre seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, príncipe da paz” (Is 9:6). O príncipe da paz pode nos dar a verdadeira paz, Jesus nos disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27). A idéia que temos de paz é meio distorcida pela mídia, mas “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1:17), por isso Jesus nos disse que não dá a paz como o mundo, ou seja, não recebemos a paz nos padrões humanos, ter paz não é viver em uma ilha paradisíaca com frutas tropicais e todos vestidos de branco. A paz que temos pode ser sentida mesmo em meio às turbulências da vida, mesmo em tempos de guerra, mesmo quando tudo parece perdido, ainda assim o cristão sente paz, pois sabe que todas as coisas cooperam para seu próprio bem (Rm 8:28), sabe que os momentos de crise passam, e que sempre após a tempestade segue-se a bonança. Não vira do mundo o nosso socorro, nosso olhar deve estar em Deus, pois é dele que vem o socorro.

“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel. O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O SENHOR te guardará de todo mal; guardará a tua alma. O SENHOR guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre”. (Salmo 121)

Ev. Elias G. Codinhoto.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

HÁ LIMITE PARA AS ONDAS


“Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!” (Mateus 14:28-30).
Já lemos e ouvimos muitas coisas a respeito dessa passagem bíblica, a maneira como Pedro se comportou diante de uma situação de medo, sua repentina coragem, seguida por uma atitude de desespero, “Salva-me Senhor!”. Por que Pedro não temeu descer do barco, mas teve medo da força do vento?
Mais de 90% das vezes que a palavra “ondas” aparece nas Escrituras Sagradas está relacionada com lutas e provações. Sabe aquelas situações em que dizemos: “pior não pode ficar”, foi exatamente o que aconteceu, os discípulos estavam em dificuldades, como se não bastassem o vento e as ondas, aparece um suposto “fantasma” (Mt 14:28). Quantas vezes passamos por situações semelhantes? As coisas não vão bem, clamamos a Deus e, parece que a situação fica pior. Fique atento! A aparente piora pode ser o socorro vindo ao seu encontro, pois quando estamos com medo não temos a visão muito clara. Ore para que Deus abra seus olhos (ver postagem “Vendo com Clareza”).
Vendo eles que era Jesus, Pedro se prontifica: “manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”. Quando estamos em um barco, envolvidos pelas “ondas” e vemos que Jesus pode caminhar sobre elas, desejamos fazer o mesmo. Atender ao chamado de Cristo é sempre a parte mais fácil, ouvir as promessas é fascinante, a palavra vem de encontro ao coração, sabemos que vem de Deus, somos desafiados a descer do barco e de pronto atendemos.
O que Deus lhe tem falado? Para que o tem chamado? Que sonhos têm te dado?Descemos do barco sem conhecer “a força do vento”, ver alguém andando sobre as ondas não é o mesmo que andar sobre as ondas. Em uma das vezes que fui ao Playcenter, desejei ir a um brinquedo chamado “Turbo Drop” (um elevador gigante, que quando chega ao topo, despenca em uma velocidade incrível), quando estava na fila achava que seria o máximo, mas começando a subir pensei: “o que estou fazendo aqui”, se pudesse teria desistido, mas, apesar do medo, tive que ir até o fim. Quando Deus nos dá sonhos, desejamos alcançá-los, vemos pessoas vivendo milagres e também desejamos viver, mas para alcançá-los é preciso descer do barco, pois só alcançamos as promessas no sobrenatural, andando sobre as águas, sentindo a força do vento e é nesse ponto que tememos, mas temos que ir até o fim. Deus está te preparando para viver o milagre, sua fé está sendo provada, fique firme, não tema a força do vento, siga olhando para Cristo. Quero dizer-lhes outra verdade sobre ondas: “Deus colocou limite para elas” (Jó 38:11), você vai transpô-las, pois a vitória já é sua!
“Não temereis a mim? – diz o SENHOR; não tremereis diante de mim, que pus a areia para limite do mar, limite perpétuo, que ele não traspassará? Ainda que se levantem as suas ondas, não prevalecerão; ainda que bramem, não o traspassarão” (Jeremias 5:22).“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13).
Ev. Elias Codinhoto.

Atalhos

Êxodo 13:17-18 Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito. Porém Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e, arregimentados, subiram os filhos de Israel do Egito.

Atalho = caminho, fora da estrada comum, para encurtar a distância entre dois lugares;
Meio fácil ou rápido de conseguir alguma coisa.

Finalmente! Faraó deixou o povo de Israel sair do Egito. O povo estava ansioso para chegar a terra prometida. Mas, Deus não conduziu o povo pelo caminho mais curto, antes, os levou pelo caminho do deserto. Nem sempre os atalhos nos levam onde queremos, ou onde Deus quer. No mundo globalizado onde vivemos, a velocidade das informações e a tecnologia aumentam dia após dia, tudo está cada vez mais rápido. O que é moderno num dia, em outro já está ultrapassado e, para acompanharmos esse processo, optamos sempre pelos caminhos mais rápidos. Mas, às vezes esses atalhos nos levam a verdadeiros campos de guerra, onde buscamos ser sempre o melhor. Alguns, afundados em seus compromissos, se esquecem de ser pai, ser marido, ser amigo, ser cristão. Querem chegar rápido ao sexo e se esquecem do casamento, querem chegar ao topo sem passar pelo processo comum, usam a politicagem, passam por cima dos companheiros, não se importam com ninguém, são amantes de si mesmos (2 Tm 3:2). Por isso, Deus muitas vezes nos leva pelo caminho mais longo, o caminho do deserto. Às vezes temos fome (Ex 16:3), outras vezes, sede (Ex 17:2), mas sempre teremos o maná, sempre haverá água na rocha. Afinal, Ele nunca disse que seria fácil (Jo 16:33), “mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo”.
O povo de Israel não estava disposto a lutar pela liberdade, eles não queriam pagar o preço, preferiam permanecer no Egito (Ex 14:12), mas Deus enviou um libertador e começou o processo de libertação, promessas foram feitas, sinais realizados e Deus tirou o povo do Egito com mão forte (Ex 3:19). Agora Ele diz: “não vamos pelo atalho, vamos pelo deserto”. O povo segue em frente e se depara com o Mar Vermelho. E talvez seja exatamente nesse ponto que você se encontra hoje, parado em frente ao “Mar Vermelho”. Você ouviu as promessas, viu os sinais, optou em seguir o Senhor, mesmo quando não era o caminho que você desejava. Quantas vezes você pensou: “não seria melhor ter ido por outro caminho?” Mas, você escolheu seguir ao Senhor. Então, por que o “mar”? Por que esta luta lhe sobreveio? Por que esta enfermidade? Por que o desemprego? Por que a separação? – Deus está aperfeiçoando-o, para que, ao ver a guerra você não desista.
Se você não pegou um atalho, é só seguir em frente ...Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver (Ex 14:13). Deus vai abrir o mar para você passar. Se por acaso, você se desviou e pegou um atalho, volte hoje mesmo para o caminho verdadeiro, pois “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3:1). Não queira adiantar as coisas, viva cada momento de sua vida debaixo das bênçãos do Senhor.

João 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

Ev. Elias G. Codinhoto.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A LUZ DO OLHAR

“São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas” (Lucas 11:34)

Olá amigo leitor. Já estava com saudades de compartilhar a Palavra com você, tenho estado um tanto ocupado. Agora com um serviço secular e preparando alguns seminários. O tempo ficou bem escasso, sem falar na faculdade e no TCC. É uma correria só! Ainda para completar, me caso no final deste ano. Ah! Falando nisso, você não pode faltar, é meu convidado de honra. Eu e minha noiva Juliana ficaremos felizes com sua presença no dia 8 de dezembro, as 19:00 horas, no TBC. Bem, deixa de prosa.
Você que tem acompanhado nossas mensagens pode ter estranhado a maneira informal que com a qual comecei a escrever este texto; não sei como você vê isso, mas com certeza é diferente da maneira que eu vejo, ou da maneira que outra pessoa vê. Vemos o mundo de maneiras diferentes uns dos outros, e isso tem a ver com nossa forma interior de perceber o mundo a nossa volta. A maneira física que percebermos o mundo externo é através de nossos sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Mas além do uso dos sentidos, temos barreiras psicológicas que agem como se fossem filtros, são o nosso “id”, “ego” e “superego”.
O id constitui a fonte dos impulsos ou tendências de uma pessoa; o superego representa os educadores (pais, professores) introjetados no indivíduo; e o ego é uma espécie de "relações públicas" entre o ser, seus impulsos e a sociedade. Freud usou a seguinte metáfora para mostrar como essas três instâncias se relacionam: o ego é um cavaleiro tentando frear um cavalo selvagem (o id), seguindo as ordens do professor de equitação (superego). (Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,504071,00.html)

Eles estão ligados a crenças, experiências, educação, tradições e uma série de paradigmas que carregamos. Em outras palavras, duas pessoas podem ver a mesma cena de maneiras totalmente diferente. Por isso Jesus disse: “São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas”. Ter bons olhos é conseguir ver o bem nas pessoas, mesmo naquelas que não valorizamos, nas que não compreendemos, nas que consideramos erradas... É ter empatia - em-patia: “patia” significa “pele”, em-pele ou na-pele, ou seja, se colocar na pele do outro, tentar ver as coisas através dos olhos de outros.
Jesus conseguia fazer isso muito bem: enxergou a bondade em um samaritano (Lc 10:33), pessoa desprezada para o judeu da época; exaltou a fé do centurião romano acima de qualquer israelita, sendo os romanos opressores de seu povo (Mt 8); encontrou em Mateus, o coletor de impostos, qualidades para o ministério apostólico (Mt 9:9), entre outros exemplos. Ele sempre focou o bem nos seres humanos, até mesmo Judas, no momento em que traiu Jesus, foi chamado de amigo (Mt 26:50), pois esse era o maior bem em Judas.
Somos desafiados por Deus a enxergar o bem nas pessoas, a ver o mundo com bons olhos, a usar o “mas” de maneira que valorize os outros. Por exemplo, podemos dizer: “fulano é um bom homem, mas é impaciente” ou “fulano é impaciente, mas é um bom homem”, o que colocamos depois do “mas” tem maior peso.

Fomos chamados por Deus para anunciar boas novas, transmitir o que é bom e correto, não podemos ser proclamadores do mal. Todos nós temos qualidades e defeitos, que nosso olhar possa sempre procurar o que é bom nas pessoas e no mundo a nossa volta, que ao invés de reclamarmos de um dia chuvoso, possamos reconhecer que é a chuva que trás vida ao solo.
Sei que há sempre um lado bom em tudo, procure por ele, pois como nos garante as escrituras: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28).

Ev. Elias G. Codinhoto

A Esperança de Jó

“Quem me dera fossem agora escritas as minhas palavras! Quem me dera fossem gravadas em livro! Que, com pena de ferro e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha! Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19:23-25)

Até que ponto pode chegar a nossa confiança em Deus? Existe limite para a fé?
É muito fácil receber presente, nos alegramos ao recebê-los, principalmente se for uma coisa que precisamos. É maravilhoso quando conquistamos algo; algumas coisas são imensuráveis, tais como: filhos, família, saúde, relacionamentos..., outras podemos atribuir valor: casa, carro, roupas, entre outras coisas. O mais difícil é quando precisamos abrir mão de algo, principalmente se foi adquirimos com muito sacrifício.
A história de Jó é mesmo fascinante! Um homem que tinha “tudo”, a Bíblia nos diz que: “...este homem era maior do que todos do oriente” (Jó 1:3). Porém, num único dia perdeu tudo; seus bois e camelos foram roubados e seus servos mortos, suas ovelhas foram consumidas por fogo que caiu do céu, e o pior, seus sete filhos morreram de uma só vez por um forte vento que derrubou a casa sobre eles. Neste momento em que muitos blasfemariam, Jó diz: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (1:21). Por fim, e como se já não bastasse, Jó perdeu também sua saúde, seu estado ficou catastrófico, ele foi ferido por uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. Desesperado, Jó assentou-se no meio da cinza e com um caco de telhas coçava suas feridas. Sua mulher, ao contemplar esta cena tão deprimente, expressa aquilo que acreditava ser a única saída possível: “Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre”. Mas, aquela figura disforme, cheirando mal e coberta de cinzas, responde com total sanidade mental: “Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal?”.
Não creio que outra pessoa tenha perdido tanto de uma só vez como Jó, mas quase todos nós já perdemos algo ou alguém que amávamos. Não é nada fácil lidar com a “perda”, geralmente relutamos e não queremos aceitá-la, muitos se voltam contra Deus, outros, sem esperança, acreditam que a única saída seja a morte.
No confisco do plano Collor há cerca de 17 anos, muitos tiveram seus investimentos retidos pelo governo; eu trabalhava como operador de pregão na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), e lembro-me que nessa ocasião alguns diretores de corretoras cometeram suicídio só pela idéia de perderem seus bens. Você já deve ter ouvido algo parecido, pessoas que por motivo de alguma perda desistem da vida; uns desistem pelo termino de um relacionamento, outros em virtude de falências, roubos, acidentes, incêndios..., ou mesmo pela morte de um ente querido
Talvez você, querido leitor, esteja sofrendo por perdas, algo ou alguém que significa muito a você. É a você que dedico estas palavras. Comecei este texto mostrando o desejo de Jó em ter suas palavras registradas em um livro, ele queria que seu momento de profunda agonia fosse registrado para sua posteridade, pois sabia que Deus viria em seu socorro, ele sabia que eu e você passaríamos por momentos difíceis e, o registro de sua história nos traria conforto e confiança. O que mais me fascina em Jó é justamente isto: “a sua confiança em Deus”, ele confiava em Deus ao ponto de dizer: “Ainda que ele me mate, nele esperarei...” (Jó 13:15). Nós muitas vezes nos desesperamos em momentos difíceis, nos esquecemos de Deus, mas Ele quer que tenhamos confiança, mesmo quando as coisas aparentarem não ter mais jeito, Deus nos desafia a dizer como Jó: “...eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19:25). Todos que confiaram no Senhor jamais se arrependeram, Davi foi um desses, sua oração registrada no Salmo 40 tem sido repetida por centenas de anos, faça desse salmo a sua oração, e espere pacientemente no Senhor.

Ev. Elias G. Codinhoto.

A ESPADA DE GOLIAS

1 Samuel 21:9 “Respondeu o sacerdote: A espada de Golias, o filisteu, a quem mataste no vale de Elá, está aqui, envolta num pano detrás da estola sacerdotal; se a queres levar, leva-a, porque não há outra aqui, senão essa. Disse Davi: Não há outra semelhante; dá-ma”

A espada estava empunhada firmemente na mão do gigante. Golias com ódio cruel canalizava toda sua força para a espada. Ao ver o pequeno Davi correndo em sua direção ele já podia sentir o impacto da lâmina em seu adversário, só precisava agora tê-lo ao seu alcance. Mas, isso nunca aconteceu, o pequeno pastor não entrou no raio de ação do inimigo. “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; Aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não o atinge” (1Jo 5:18).
Estar fora do campo de ação do inimigo é o segredo para vitória do cristão, fugir do mal (1Co 6:18, 1Tm 6:11, 2Tm 2:22, 3:5), se desviar (Jó 1:1) e não confiar na própria força (Jr 17:5), é a diferença entre vencer e não vencer. Mas como derrubar o inimigo sem se aproximar dele? Como Davi venceu o gigante? Veja bem, o que atingiu Golias foi uma pedra, a pedra que lhe cravou na testa (1Sm 17:49). Qual a pedra que esmagou a cabeça do nosso adversário? Jesus! Ele é está pedra capaz de destruir o inimigo (At 4:11). Logo após a queda do homem no jardim do Éden, Deus nos fez uma promessa (Gn 3:15b): “Este (Jesus) te ferirá a cabeça (serpente, diabo, Ap 12:9), ...”. Somente usando esta “Pedra” venceremos a batalha, pois nosso adversário é mais forte do que nós, se nos aproximarmos ele nos atinge, com a “Pedra” ao nosso lado lutamos a distância.
Há ainda algo fascinante nesta história: a mesma espada que estava apontada para Davi se tornou a arma que ele usou para vencer grandes batalhas, a arma forjada contra o ungido de Deus agora é empunhada por ele contra o inimigo (Is 54:17). E não é diferente em nossas vidas, Deus transforma as armas que satanás preparou contra nós em ferramentas para lutarmos nesta guerra. Quantos tinham a espada das drogas apontada para seu coração e hoje dão testemunho de libertação? Aquilo que era para seu mal se tornou uma arma para libertar outras vidas da morte. Quantos tinham armas voltadas contra seus peitos e hoje as usam para lutar no reino? Muitos se viram ameaçados por espadas como a prostituição, o adultério, enfermidades, carência emocional, depressão, opressão maligna, entre outras. Mas Deus tem revertido essas situações e pessoas cheias do Espírito Santo têm dado seus testemunhos diante do mundo, resgatando vidas, edificando pessoas e restaurando relacionamentos.
Qual é a espada que está ou estava apontada para você? Se o inimigo o está coagindo com alguma arma, saiba que Deus é mais poderoso do que ele (1Jo 4:4), e pode reverter esta situação. Se ele já o livrou da espada do inimigo, pense em como você poderá usá-la em suas mãos. Deus te dá está oportunidade, Ele coloca em tuas mãos a arma que um dia esteve voltada para destruir sua alma, segure-a firme, pois é com ela que o Senhor te dará muitas vitórias.

Salmos 11:1 “No Senhor me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte?”

Ev. Elias G. Codinhoto.

De Onde Virá O Socorro

“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?”
Salmos 121:1

De onde virá o socorro?... Provavelmente essa questão já passou por sua mente.
Quem sabe foi nesta manhã, logo ao se levantar, os problemas vieram a sua mente como um raio, ou talvez as preocupações te roubaram o sono; talvez uma questão ficou remoendo em seu intimo: “De onde virá o socorro? Quem me ajudará? Ainda tenho saída?”
Preocupação! Segundo a Enciclopédia Virtual Wikipedia, “a preocupação é, num certo sentido, um ensaio do que pode dar errado e como lidar com isso. Há na preocupação, pelo menos para o cérebro límbico primitivo, alguma coisa de mágico. Como um amuleto que afasta um mal previsto, a preocupação ganha psicologicamente o crédito de prevenir o perigo com o que se está obcecado”.
Uma outra vilã que nos persegue é a ansiedade, que a Wikipedia define assim: “Ansiedade é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de medo, perigo ou de tensão, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, nervosismo, aperto no tórax, transpiração, etc. Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual. A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas. Dependendo do grau ou freqüência pode se tornar patológica e acarretar em muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade. Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua auto-estima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga ser incapaz de realizá-las. No entanto, o termo ansiedade está de certa forma interligado com a palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter o medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar. Esses dois aspectos tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha, acredita-se que de certa forma, alguma palavra dita no seu passado por alguém, uma ofensa, um comentário, uma atitude negativa em relação a pessoa que sofre desse mal, pode ser a causa principal do surgimento desses sintomas. É necessário então que a pessoa encontre um meio de superação e continue vivendo, tendo a certeza, que as coisas ruins vividas no passado servirão apenas de crescimento e amadurecimento futuro”.
Segundo Elias R. De Oliveira, Nos dias contemporâneos o quadro não é muito diferente. A ansiedade tem entrado nos corações com muita força, roubando o lugar reservado ao Espírito Santo de Deus; as causas são as mais diversas, entre elas:
1- Dificuldade financeira (geralmente provenientes de negócios e ações realizadas por impulso, sem a devida analise de rendimentos. É muito fácil comprar, são os crediários, cartões, etc. Mas, são compromissos que vencem e precisam ser honrados.);
2- Situação Profissional (Emprego no Brasil é extremamente difícil);
3- Família (Educação de filhos, problemas conjugais, etc.);
4- Espiritual (É comum encontrarmos irmãos ansiosos por verem as promessas de Deus cumprir-se em suas vidas); etc.
Não são poucas as vezes que somos incomodados pela preocupação e a ansiedade, mas, o salmista Davi encontrou uma maneira maravilhosa de afugentar este mal, trocando-o pela confiança em Deus. Reparem que no primeiro verso ele nos faz a pergunta: “de onde me virá o socorro”, como se não soubesse a resposta, mas depois, usa todos os demais versos para demonstrar sua confiança em Deus: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre”.
Esse cântico expressa a segurança e a esperança dos que confiam na proteção divina. Davi faz questão de dizer que o Senhor fez o céu e a terra, não apenas os montes. Na época do rei Davi , algumas pessoas sacrificavam nos montes a outros, mas o salmista declara que não é dos montes que virá o seu socorro, e sim do Senhor, o Deus que não dorme, nem mesmo tira um cochilo. Davi expressa: “O Senhor te guardará de todo mal”, e ainda mais: “guardará a tua alma”. Só o Senhor pode salvar a nossa alma, como diz em Mateus 10:28 “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.
A palavra de Deus para seu coração é: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6). Pois: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jr 17.7,8).
Não permita que a preocupação e a ansiedade roubem a sua paz, confie no Senhor que fez o céu e a terra!

“não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41:10).

Ev. Elias G. Codinhoto.