terça-feira, 13 de setembro de 2016

Decisões

Olá meu amigo leitor, após um período, estou de volta com uma nova postagem. Espero que abençoe sua vida como abençoou a minha.

Gênesis 3:5-18

Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro. (Gênesis 13:11)

Hoje pela manhã, ao sair para o culto de oração, eu havia decidido caminhar pela calçada junto a praça, sob as sombras das árvores, mas, me distraí meditando na Palavra de Deus que pretendia ministrar e fui caminhando pelo asfalto para o outro lado da rua.

Uma decisão tão simples, não é mesmo?

O caminho que parecia mais confortável, com sombra e aparente tranquilidade...

Vejam na foto que postei a cima... (esse é o caminho que eu havia escolhido).

Reparou no ônibus sobre a calçada? (ele estava para atrás do carro branco).

Quando Motorista foi sair, percebeu que o veículo estava sem freio, e o jeito foi jogar para cima da calçada. Bateu em uma árvore e parou como está na foto.

E eu? Eu estava bem próximo, descendo perto do carro branco, mas no lado oposto. Minha decisão foi bem simples, não pedi direção a Deus, apenas escolhi o que me pareceu mais confortável, mais cômodo, mais lucrativo, mais... (Nem sei porque caminhei para o outro lado, pois já havia decidido ir pela calçada, o que poderia me ter custado a vida)

Como Ló, que olhou as campinas verdejantes do Jordão e se despediu de seu tio Abraão, assim também, podemos partir em uma direção que aparentemente seja mais favorável, mas que pode nos trazer perdas irreparáveis. No caso de Ló, lhe custou os bens e sua esposa (Gn 19:26).

O verso seguinte retrata a mesma campina que encheu os olhos de Ló:

“E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças.” (Gênesis 19:17)

Toda aquela campina foi destruída pelo fogo da ira de Deus.

Como toma suas decisões? Com base no que vê?

Moisés não confiava no que via com seus olhos carnais, mas tinha a visão firme nas promessas de Deus.

“Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” (Hebreus 11:27)

Ló optou em seguir o que lhe pareceu vantajoso, mas Abraão seguiu a direção que Deus determinou (Gn 13:14-18).

Bem, não ministrei no culto da manhã, mas fiquei meditando como uma simples decisão pode mudar tudo. Dei a oportunidade a nossa secretária e diaconisa Elaine, que ministrou a Palavra com base em Deuteronômio 30:19-20, e sabe qual foi o assunto? Isso mesmo! Decisões que podem trazer vida ou morte.

Que nossas decisões, mesmo as mais simples, sejam sempre tomadas em Deus!

“Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam, e para que vocês amem o Senhor, o seu Deus, ouçam a sua voz e se apeguem firmemente a ele. Pois o Senhor é a sua vida, e ele lhes dará muitos anos na terra que jurou dar aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó.” (Deuteronômio 30:19-20)


Pr. Elias Codinhoto

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Comprai Sem Dinheiro


O vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. (Isaías 55:1).

Os padrões de Deus são muito elevados, podemos dizer que são inatingíveis, como declara Isaías 55:9 “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”. Como então poderíamos alcança-los. Como expressou o salmista Davi: “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo?” (Sl 24:3). Sim! Que? Quem pode se declarar digno?

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” afirma o texto de Romanos 3:23. - O que será de nós então? Como atingiremos os padrões de Deus?

A resposta está contida no próximo verso da carta do apóstolo Paulo aos romanos: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (Rm 3:24).

Graça, favor imerecido, essa é a moeda corrente nos cofres celestiais. Daí vem à oferta do Pai aos que tem sede e fome, aos que tem desejo de estar com Ele na Eternidade, mas que reconhecem que são incapazes de pagar tal preço. Ouça a voz do Criador soando com o vento: “O vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Is 55:1).

Se você está falido, perdido, sedento, faminto, sozinho, sem nada, mas deseja, apenas deseja muito uma mudança, mesmo sabendo que não tem condições, pois sabe que é indigno, que não merece, que não tem como pagar... então eu o convido a apropriar-se desta promessa: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” (Mt 5:6). Jesus afirma que os que têm fome e sede serão “fartos”.

Farto = Que satisfez, que saciou a fome; saciado, satisfeito. Nutrido.

E qual a condição para se fartar? – Apenas ter fome e sede. Pois como se fartaria alguém que não tem necessidades?

Talvez você pense: “você não me conhece, não sabe o quão negligente sou, quantos erros cometi, quantas pessoas magoei”, “sou como o filho pródigo, que desperdiçou toda herança” (Lc 15:11-32) “não me reste mais nada!”. Mas o mesmo Deus que nos desafia a comprar sem dinheiro, declara: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” (Is 55:7).

O Texto Bíblico diz: “grandioso em perdoar” e perdão não se compra, perdão se pede, suplica, busca... Jesus nos esclarece: “Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” (João 16:24) “Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.” (Mateus 7:8).

O que está esperando ainda? Utilize esse recurso divino, compre sem dinheiro, e desfrute da Graça de Deus!

“Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o SENHOR por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.” (Isaaías 55:12-13).

Pb. Elias Codinhoto

quarta-feira, 25 de julho de 2012

De volta aos braços do Pai


Estive meditando sobre o rei Asa, como ele creu que Deus podia livrá-lo do inimigo:

E Asa clamou ao SENHOR seu Deus, e disse: SENHOR, nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força; ajuda-nos, pois, SENHOR nosso Deus, porque em ti confiamos, e no teu nome viemos contra esta multidão. SENHOR, tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem. (2 Crônicas 14:11)

Porém, mais tarde, parece ter perdido a fé, e recorre a meios humanos para escapar da guerra:

No trigésimo sexto ano do reinado de Asa, Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edificou a Ramá, para não deixar ninguém sair, nem chegar a Asa, rei de Judá.
Então Asa tirou a prata e o ouro dos tesouros da casa do SENHOR, e da casa do rei; e enviou servos a Ben-Hadade, rei da Síria, que habitava em Damasco, dizendo:
Acordo há entre mim e ti, como houve entre meu pai e o teu; eis que te envio prata e ouro; vai, pois, e anula o teu acordo com Baasa, rei de Israel, para que se retire de sobre mim. E Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa, e enviou os capitães dos seus exércitos, contra as cidades de Israel, e eles feriram a Ijom, a Dã, a Abel-Maim, e a todas as cidades-armazéns de Naftali. E sucedeu que, ouvindo-o Baasa, deixou de edificar a Ramá, e não continuou a sua obra. (2 Crônicas 16:1-5)

Em um primeiro momento, pareceu que tudo correu bem, realmente o plano de Asa foi bem sucedido, mas:

Naquele mesmo tempo veio Hanani; o vidente, a Asa, rei de Judá, e disse-lhe: Porquanto confiaste no rei da Síria, e não confiaste no SENHOR teu Deus, por isso o exército do rei da Síria escapou da tua mão. Porventura não foram os etíopes e os líbios um grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros? Confiando tu, porém, no SENHOR, ele os entregou nas tuas mãos. Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele; nisto, pois, procedeste loucamente porque desde agora haverá guerras contra ti. (2 Crônicas 16:7-9)

Qual foi o erro de Asa?

Ele deixou de confiar em Deus para livrá-lo, e buscou refúgio no transitório.

Você já agiu assim?

Parece que em determinados momentos acabamos agindo como o rei Asa, mesmo tendo vivido experiências reais e marcantes com Deus, deixamos de crer em seu socorro e, acabamos buscando auxílio no que é transitório, recorremos a nossa força, nossa sabedoria, nossos recursos, nossos amigos. Sabemos bem que em muitos casos, nossos planos acabam dando certo. E que mal tem? Não é mesmo?!

Porém, nos arriscamos, pois ao tomarmos em nossas mãos o controle, estamos de certa forma, declarando que não precisamos que Deus nos auxilie, que temos o controle sobre nossas vidas e, podemos se virar sozinhos. Não acha?

Não teria sido uma atitude parecida que nossos ancestrais fizeram no Jardim do Eden? Quando comeram do fruto proibido não estavam declarando independência de Deus? Não é esse o cerne da questão da queda do homem?

Bem, o que não podemos ter de forma alguma, é ser dominados pelo orgulho, como foi Asa, pois mesmo depois de ter consciência de seu erro, não se converteu, antes, se afastou mais e mais de Deus:

Porém Asa se indignou contra o vidente, e lançou-o na casa do tronco; porque estava enfurecido contra ele, por causa disto; também Asa, no mesmo tempo, oprimiu a alguns do povo. (2 Crônicas 16:10)

E mesmo quando foi ferido, permaneceu obstinado em seus próprios caminhos:

E, no ano trinta e nove do seu reinado, Asa caiu doente de seus pés, a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade, não buscou ao SENHOR, mas antes os médicos. (2 Crônicas 16:12)

Por isso nosso coração se move, pelo Espírito Santo, na direção de Deus, pois concordamos com Ele e, quando temos consciência que nossas decisões foram tomadas em nós mesmos, que confiamos no que é passageiro e sem sustentação em si mesmo, recorremos ao Amor de Deus, arrependidos pedimos seu perdão, e imediatamente voltamos para seus braços:

Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. (2 Coríntios 5:14)


Ore: “Obrigado Pai! Por essa rica oportunidade de poder retornar aos seus braços!”.

Pb. Elias Codinhoto

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Porquê do Natal.


“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt 1:21-23).

Quem eram aqueles três ilustres cavalheiros que vieram ao palácio de Herodes? Eles chegaram com tanta reverência. Traziam consigo presentes e pareciam terem vindo de muito distante. Perguntavam pelo “Rei dos Judeus”, por isso os conduzimos à presença de Herodes. Na verdade, eles pareciam ser reis, mas por que reis reverenciariam um rei, seria o Rei dos reis? Descobrimos que não procuravam por Herodes, procuravam por uma criança. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). Herodes ficou aflito: “não sou eu o rei dos judeus?”. Como podem estar procurando por outro. Uma pesquisa foi feita nos livros dos profetas e constataram que o menino deveria nascer em Belém da Judéia (Mq 5:2). (Mt 1)

“Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens! E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita. E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas essas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito” (Lc2:8-20).

O Natal é mais do que o nascimento de Jesus Cristo, é o início da maior expressão do amor de Deus: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

“Deus o ama infinitamente mais do que possa imaginar. [...] É o sacrifício do Filho de Deus por você. [...] Se você quiser saber quanto importa para Deus, olhe para Cristo com os braços estendidos na cruz dizendo: “Eis o tanto que eu o amo! Prefiro morrer a viver sem você!”
(Rick Warren).

Muitos cristãos questionam-se se devem ou não comemorar o Natal, então eu pergunto: “se nós cristãos não comemorarmos, quem ira fazer isso?”. O Natal é uma data conhecida mundialmente, é claro que muitos tem distorcido o sentido do Natal, outros aproveitam para aumentar o lucro em seus negócios. Até a figuras como o papai Noel foram introduzidas para desviar o foco do verdadeiro sentido do Natal, e cabe a nós proclamarmos essa mensagem, pois sabemos e entendemos seu real significado. Eu quero desafiá-lo a levar essa mensagem, digo, do Natal, a pelo menos uma pessoa, alguém que desconhece seu verdadeiro significado. Pergunte algo como: “Você sabe por que existe o Natal?”. Fale do Amor de Deus, pois é isso que expressa o porquê do Natal!

Sabemos todos os dias são propícios para meditar no amor de Deus por nós, mas aproveite este dia para fazer isso de uma forma especial, pois sabemos que Jesus está vivo!


Tenham todos, um Feliz Natal!


“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8).


Ev. Elias Codinhoto.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

da Morte para Vida

Costumo dizer que meu esposo tem alma de poeta. Um poeta não se limita em dizer que um pássaro voou de um galho para o outro, mas pela riqueza de detalhes e sua forma poética de escrever, nos transporta para dentro do cenário, como personagens trazidos para suas histórias.  Em alguns momentos temos a impressão de estar em constante diálogo com o autor, que nos desafia a profundas reflexões. Em outros, é difícil conter as lágrimas, um friozinho na barriga, um riso ou a garganta apertada, em narrativas que emocionam e estimulam à cura. 
           
Ao ler esta obra, percebemos a Bíblia não apenas como registros históricos ou um “livro difícil de entender”. Os capítulos são recheados de trechos e referências da Santa Palavra, todos dentro de um contexto coerente e extremamente envolvente. Você conhecerá a jovem missionária; se encantará com “Vermelho”, em um tocante encontro de perdão, e seguirá Simão cireneu em uma comovente marcha até o calvário. Elias Codinhoto quer conversar com você sobre a caminhada cristã, amor, medo, vergonha, perdão, cura, chamado, evangelismo, entre outros assuntos, e também partilhar reflexões sobre a Morte e a Vida. Tudo isso como se estivesse sentado ao seu lado na sala de estar.
Juliana Codinhoto
A venda na Livraria TBC.
Av. Tenente Laudelino Ferreira do Amaral, 888
Tel. (11) 2297-0433

sábado, 8 de outubro de 2011

Quando a Esperança Acaba

“Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava.” 
(João 11:5-6)

Ele os amava e se demora a ir socorrê-los?
A ressurreição de Lázaro tem alguns aspectos muito peculiares. Não é como as demais registradas na Bíblia. Em primeiro lugar: Jesus nunca havia recusado ou se demorado a atender a um pedido de socorro, nem mesmo de um oficial romano que representava o império que oprimia seu povo (Mt. 8:5-13, Lc. 7:1-10).
Em segundo lugar vem o intervalo de tempo entre sua morte e ressurreição. A filha de Jairo (Mc. 5:35), assim como as ressurreições registradas no Velho Testamento: o filho da viúva de Sarepta (1Rs. 17:17-24), o filho da Sulamita (2Rs. 4:18-21), o homem que foi lançado sobre os ossos de Eliseu (2Rs. 13:21), todos esses tinham acabado de falecer. Mesmo o filho da viúva de Naim (Lc. 7:11-15), que já seguia em cortejo fúnebre, não permaneceu morto tanto tempo, pois uma viúva pobre não dispunha de recursos para preservar o corpo por muitos dias. Provavelmente, ele estava sendo levado ao sepultamento no mesmo dia ou no dia posterior a sua morte. Nem Cristo ficou esse tempo na sepultura (Mt. 16:21, 17:23, 20:19... At. 10:40 e 1Co. 15:4), mas como profetizou Oséias: “Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele.” (Os. 6:2). Lázaro esteve morto por quatro dias. “Parece que havia uma opinião geral no judaísmo que a alma deixa o corpo três dias após a morte” (Bíblia Shedd).
Em terceiro vem à demora. Você sente ou já se sentiu abandonado por Deus? Parece que Ele não ouve suas preces, e não há nenhum sinal de resposta? – Creio que foi esse o sentimento de Marta e Maria. Abandono. Mas a “demora” não é o mesmo que abandono, não na ótica de Deus. Preste atenção na resposta de Jesus: “Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.” (Jo. 11:4). Cristo viu aquela enfermidade como uma oportunidade de glorificar a Deus Pai.
Por último vem o conformismo. Mesmo estando tristes, as irmãs de Lázaro se mostraram conformadas com a morte do irmão. Elas já tinham aceitado como perda e fato consumado. Não estou dizendo que não devemos aceitar as perdas em nossas vidas, pelo contrário, saber administrar isso é sinal de maturidade, no entanto, o conformismo apresentado aqui vem de uma fé limitada. “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo. 11:21 e 32), foi essa a exclamação das duas irmãs, como se fosse combinado. Elas provavelmente conversaram a respeito, e juntas chegaram à conclusão que se Jesus tivesse vindo mais cedo o irmão estaria com vida. A limitação da fé daquelas mulheres se limitava a cura da enfermidade, não acreditavam que para Deus não há impossível. O texto mostra que não apenas elas, mas toda multidão que se reuniu ali tinha uma visão limitada a respeito do poder do Filho de Deus: “E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?” (v. 37). Todos tinham perdido a esperança.
E como está a sua fé? Até que ponto ela vai? Qual o seu limite?
Para os amigos de Jairo, e provavelmente para ele, o socorro a sua filha se limitava ao período de enfermidade (Mc. 5:35). Se sua fé também está limitada, aproprie-se desta resposta: “Mas Jesus, sem acudir a tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente.” (v. 36).
Muitas vezes, e na maioria delas, devido a nossas expectativas, limitamos a ação de Deus em nossas vidas, pois criamos um “cenário” em nossas mentes, no qual esperamos que Deus aja, e quando as circunstâncias ultrapassam esses “limites”, geralmente perdemos a esperança. Contudo, às vezes é necessário que algo “morra” primeiro. Seja um sonho, ministério, relacionamento, bem... Como afirmou Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.” (Jo. 12:24). 
Permita-me fazer duas aplicações práticas ao texto. Em primazia o que diz respeito a nossa fé, pois creio ser o mais importante: cremos na ressurreição dos mortos, “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Dn. 12:2), independente do tempo em que tenham morrido. Todos ressuscitarão, os apóstolos, os reis, os antigos profetas e até mesmo Abel, o primeiro a morrer. Não importa o estado de seu cadáver, o tipo de sua morte, se foi no mar, nas montanhas ou no fogo, todos ressurgirão. Como argumenta Paulo em 1 Coríntios 15, se os mortos não ressuscitam, nossa fé é vã, se torna inútil crer, “...Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.” (v. 32). “Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?” (v. 35) “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.” (v. 42-44).
Como profetizou Isaías: “Os vossos mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos.” (Is. 26:19). “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” (1Ts. 4:16).
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” (1 Coríntios 15:51-54).
A segunda aplicação se refere a nossa esperança, quando ela se dissipa, quando não resta mais fragmento algum. Quantos sonhos estão enterrados, quantas promessas esquecidas. O que parecia tão real um dia, hoje é apenas vestígio em sua lembrança. Os seus dons, seu chamado, ministério. Seu relacionamento conjugal, seus filhos, sua família. Mesmo que esteja tudo “morto e sepultado”, Deus pode trazer de volta a vida. Ainda que você não saiba como, que não veja possibilidade alguma, ainda assim, Deus pode fazer.
 “Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias.” [...] Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!” (João 11:17; 41-43).

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Viu o que Jesus realmente fez?


“Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas, o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano, o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente, levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” 
(1 Pedro 2:21-24)

Viu o que Jesus não fez? Ele não retaliou. Ele não mordeu para revidar. Não disse: “Vou pegar você um dia!”. “Venha até aqui e diga isso na minha cara!” “Espere até a ressurreição, amigo!”

Não, essas declarações não foram achadas nos lábios de Cristo.

Viu o que Jesus realmente fez? Ele se entregou “àquele que julga com justiça”. Ou, dito de maneira mais simples, deixou o julgamento nas mãos de Deus. Ele não assumiu a tarefa de buscar vingança. Não exigiu um pedido de desculpas. Não contratou caçadores de criminosos nem enviou nenhum bando para procurar as pessoas. Agindo de maneira totalmente oposta, ele falou em defesa daquelas pessoas. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).

(Max Lucado)

Gratidão e Confiança


“Que direi? Como prometeu, assim me fez; passarei tranquilamente por todos os meus anos, depois desta amargura da minha alma. Senhor, por estas disposições tuas vivem os homens, e inteiramente delas depende o meu espírito; portanto, restaura-me a saúde e faze-me viver. Eis que foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.” (Isaias 38:15-17)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bom Testemunho


"Qual a mosca morta faz o unguento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia." (Eclesiastes 10:1)

A quem muito é dado, muito também será requerido. Olhe bem para posição que ocupas, seja na família, no trabalho ou na igreja, então pondere quais atitudes são coniventes. Muita atenção, não despreze os pequenos detalhes: “Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.” (1 Timóteo 3:7)

Elias Codinhoto

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SEM DIREÇÂO


“Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;” (Gn 12:1)
Quando Abraão saiu de sua terra, não sabia para onde ia, nem o que encontraria , não sabia se era uma terra fértil ou um deserto; Deus apenas lhe disse: “Eu te mostrarei”; ou seja: Deus estava dizendo: “Abraão vem comigo, fique perto de Mim, vou guiar seus passos, e quando chegar a , Eu te aviso”.
Somos chamados por Deus e, muitas vezes não sabemos para onde exatamente, não sabemos se devemos ficar aqui ou ir para e, desejamos saber qual é vontade de Deus para nossas vidas, pois o nosso desejo é estar no centro de sua vontade. Mas por que Deus nos deixa no escuro? – Deus nos deixa as escuras porque quer que o conheçamos, vejam bem: Abraão precisava estar atento, não sabia onde era esta terra, nem o que encontraria , ele dependia de Deus, não sabia o caminho, precisava andar com Deus, observar seus movimentos, ouvir atentamente suas palavras; ele apenas creu, e seguiu atento, por isso conheceu a Deus, e foi chamado de Amigo de Deus (Tg 2:23). O patriarca aprendeu a confiar em Deus, porque seus olhos não estavam na terra, não estava em um lugar qualquer, mas estava em Deus; como nos diz Paulo: “...esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, ...Cristo Jesus” (Fl 3:13-14). Você tem promessas em sua vida? Saiba que Deus nunca falha! Jamaischeque sem fundos, é a assinatura dEle que está sobre sua vida; pode ir até o banco, porque o deposito foi feito, o sangue de Cristo foi depositado sobre sua vida, Deus pagou por nossas vidas, e pagou adiantado, antes de sermos gerados o deposito estava na conta.
É muito diferente quando você pensa que sabe para onde ir, quando traçamos nossos próprios planos ou quando o alvo não é Cristo. O povo de Israel sabia para onde estavam indo, eles sonhavam com a terra que manava leite e mel, desejavam morar na terra e serem livres. Deus tirou o povo do Egito com grandes milagres, abriu o mar, destruiu o exercito de faraó, enviou o maná no deserto, fez brotar água da rocha; mas o povo continuava olhando para Canaã; afinal haviam esperado muito, 430 anos, não tinham tempo para conhecer a Deus. A cada milagre, Deus estava dizendo: Hei! Estou aqui, estou andando com vocês, não tem o que temer.
Foram 603.550 homens maiores de 20 anos que saíram do Egito, sem contar os menores de 20 anos, as mulheres e toda tribo dos levitas (Nu. 1:45-46); e por incrível que pareça, só três conheceram a Deus, só três prestaram atenção em quem os conduzia, somente Moises, Josué e Calebe sabiam que Deus era poderoso para lhes dar a terra, será que só eles viram os milagres, só eles viram o mar se abrir, só eles comeram o maná? – Não! Todos viram, todos comeram, mas eles queriam a terra, e Deus queria se revelar a eles.
O inimigo quer nos cegar, não quer que olhemos para Deus, ele nos mostra os problemas e as dificuldades para não vermos a saída. Mas Deus esta nos dizendo: Hei! Estou aqui, estou andando com você, olhe para mim, veja tudo que fiz em sua vida, posso fazer mais, apenas olhe para mim.
Marta queria servir o Mestre, mas Maria conhecia Jesus, e sabia que não tinha nada para oferecer a Ele, por isso, sentada aos seus pés, ouvia atentamente suas palavras. Algumas pessoas querem muito fazer algo para Deus, e se esforçam muito para agradá-lo, outras simplesmente se rendem, e ouvem o que Ele quer que façam.
Esta manhã eu fui a uma consulta em um dentista, para não errar o caminho, liguei meu GPS no celular. Como estava de moto, não tinha como visualizar a tela do GPS, porém podia ouvir as instruções pelo fone de ouvidos. Dirigi por cerca de meia hora por uma extensa avenida, e a única informação que ouvia era: “siga em frente”. Se você se sente perdido, continue na ultima direção que recebeu, siga em frente, quando Deus desejar mudar sua direção, Ele vai te avisar. O importante é não parar, não desistir, continue seguindo em frente.
Não deixe que satanás venha tirar-lhe a visão, não olhe para seus problemas, não olhe para as dificuldades, pois em tudo isso Deus quer se revelar a você, Ele esta dizendo: “Olhe para Mim, Eu sou o autor e consumador da vossa fé” (Hb 12:2). O importante não é para onde está indo, e sim com quem está indo. Apenas se concentre em ouvi-lo, não importa se o caminho é difícil, não importa se há escassez, o que importa realmente é obedecer. Ouça a voz, busque a Deus em oração, ouça-o falando através de igreja, das circunstâncias, da Bíblia e em seu coração.
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (2Co 4:17-18)
Ev. Elias Codinhoto